domingo, 6 de janeiro de 2008

O verdadeiro Lider da Mudança


Agente ou lider de Mudança

(Este artigo abaixo advem de ideias de livros importantes que li e resumi de forma suscinta : Mude o Mundo - Robert E. Quinn, O 8o Habito - Stephen Covey - As 7 Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra) - Acredito que os principios nele contidos sao verdadieros e proponho a todos a Leitura.

Hoje em dia estamos acostumados a pensar que somente as pessoas que estão em posição de autoridade devem decidir o que deve ser feito. Mesmo nos momentos cruciais quando percebem o momento de agir, não tomam iniciativas, esperam que alguém lhes diga o que fazer e dai comportam-se como lhes dizem. Tal resistência em proagir, cria no líder (seja ele Presidente, Prefeito, Deputado,Pai,Professor etc... ) mais “confiança do seu posto”. O líder então pensa que é isso que ele deve fazer para que os seus “apóstolos” ajam. Temos então um caso em que um apóia a fraqueza do outro, até que a co-dependência se institucionaliza chegando no extremo de ninguém mais assumir nenhuma responsabilidade (como acontece no nosso governo). Um pacto inconsciente é estabelecido. Tal fato também é comum também não so no governo mas também em outras instituições. Cada um acha que o outro deve mudar para que o relacionamento melhore. Ninguém quer mudar primeiro.

Os verdadeiros lideres da mudança, são aqueles que mesmo sem ocupar altos postos, provocam mudanças significativas em suas organizações (seja ela uma empresa, uma prefeitura, um lar ou uma comunidade do interior). Tais pessoas são tecnicamente conhecidas como agentes de mudanças transformacionais. Tais pessoas possuem características de verdadeiros lideres que os distinguem dos administradores normais. Eles estão fora da linha hierárquica (não são Reis, presidentes, Senadores, nem nada) . Muitas vezes não tem nem autoridade para tarefa em questão, porem estes não se importam com o cargo nem tentam lutar contra hierarquia. Primeiro eles se perguntam “O que é certo fazer nesta situação e qual a medida correta a ser tomada ou quem deve ser chamado para por essa tarefa em pratica”. Segundo, eles não começam as mudanças pelas estruturas da hierarquia, pois sabem que enfrentariam forte relutância. Sendo assim eles formam redes tipo “ad hoc” informais e encontram meios de contrapor as fronteiras dos níveis hierárquicos, concentrando-se no objetivo em si. Essas equipes são bons exemplos de comunidades produtivas. É assim que tudo começa, o agente de mudança dispõem-se a sair de sua posição definida e a quebrar expectativas para dar origem a uma comunidade produtiva. Ele sai e atrai outros para esta experiência, criando um movimento social. Tais pessoas transformam-se em servidores de um sistema e focam nas pessoas. Observe também que elas não perguntam “o que eu quero?” Ou, “o que eu ganho com isso?” Mas sim “o que é certo fazer ?” e depois “que resultados eu quero?” Existe uma grande diferença, ela sai do mundo da negociação para o mundo dos princípios.

Mas a coisa não acaba por ai, muitas vezes o agente de mudança não se importa com as conseqüências dos seus atos e certamente sofrerá um tipo de punição por parte dos “superiores”, principalmente quando o seu trabalho começa a dar resultados positivos. Você se lembra de Ghandi? Ele era uma dessas pessoas e estava disposto a sofrer qualquer tipo de punição em prol da sua causa. Sua autoridade moral inspirou e moveu outras pessoas.

Penso que é de pessoas assim que desejamos que conduzam nossas instituições (governos, bancos, empresas, Igrejas, Lares, escolas etc...), não importam quem seja, desde que suas ações sejam baseadas em princípios, pois estes são imutáveis e valem em qualquer tempo e qualquer época. É muito comum pessoas hoje se candidatarem a cargos políticos, prometendo “mil coisas” a seus eleitores. Tais pessoas focam os seus propósitos no cargo que vão ocupar e nas suas benesses. No fundo são pessoas dependentes, onde o ego é mais importante que o eu. Elas sem “o cargo” obviamente não são ninguém. É o que as pessoas dependentes fazem, colocam o ego em primeiro lugar, que reflete a sua auto-imagem, a sua máscara social, ou o papel que a sociedade lhe deu. Os agentes transformacionais, no entanto, possuem o auto-poder, que vem do eu, ele não só atrai as coisas que deseja para si como dirige as circunstâncias de forma natural. A autoridade moral coloca os seus valores sociais nos princípios, bem acima dos interesses egoístas, assim a autoridade formal terá êxito nas suas empreitadas, sem ela certamente ira fracassar.

Sendo assim não espere que os outros lhes digam o que fazer, simplesmente faça. É isso, coloque a “mão-na-massa” e faça! Não fique a mercê das circunstâncias nem esperando que os problemas se resolvam por si só. Somente as suas atitudes é que fazem a diferença. Não permita que a conspiração silenciosa descrita acima entre o líder e os liderados aconteça na sua organização. Quando você fizer isso verá que outras pessoas também se libertarão e começarão a se questionar da mesma forma que você. Torne-se um grão de excelência neste deserto de mediocridade que impera nas nossas instituições. Novamente, isso tudo vale para empresas, lares, escolas, comunidades, governos etc... não espere que o seu chefe mude, não espere que o seu filho mude, não espere que a sociedade mude, faça a diferença, mude primeiro e inspire os outros a mudarem.

José Miracy de Souza Filho

Engenheiro & consultor empresarial

jmiracy@gmail.com

9967 0431 / 3248 1212

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